Marisa Mathey
Marisa Mathey, Mãe, Mediadora de Conflitos, Advogada Colaborativa, Instrutora voluntária das Oficinas de Pais e Filhos certificada pelo CNJ, Voluntária da Ong Amigos do Bem e Pianista. marisamathey@uol.com.br
Queridos Pais, geneticamente ou de coração, não importa!
O que interessa é que nos conscientizemos da responsabilidade que carregamos quanto à educação sexual dos nossas filhos, crianças e adolescentes.
A educação deve se dar em todos os ângulos de nossas vidas porque somos seres integrais e o todo afeta a parte, da mesma forma que a parte afeta o todo.
Podem se perguntar, por que uma pessoa que escreve sobre Mediação está se imiscuindo numa área tão complicada?
De fato, minhas credenciais não permitiriam escrever uma linha sequer sobre este tema, no entanto as consequências do contexto sim, geram inúmeros conflitos pessoais e interpessoais onde a Mediação tem sido utilizada como recurso na tentativa de que as famílias se conversem e cada um assuma sua responsabilidade.
Como ser humano tenho minhas crenças, sei que a energia sexual é muito poderosa e pode construir muito, afinal viemos ao mundo por ela.
Entretanto, o uso da liberdade por nossas crianças e adolescentes precisa ser consciente e vigiado pelos seus responsáveis, pois estes seres estão em formação e são vulneráveis, para que a energia sexual não seja mal canalizada redundando em situações difíceis e precoces para as crianças e adolescentes.
A libertinagem não pode se confundir com a liberdade. Nos dias de hoje, com tanta liberdade é até difícil de separar uma situação da outra. Mas, esta deve ser identificada pelos pais e responsáveis, prevenida ou em última instância, interrompida. O poder familiar sobre as crianças e adolescentes é dos pais e responsáveis, então apesar dele se sentir normalmente refém dos modos e comportamentos da sociedade atual, deve sim encontrar um meio termo para educar seus filhos entre suas crenças e a forma em que a sociedade está hoje em dia.
Acredito que somos seres espirituais vivendo uma experiência material, sendo assim faz sentido que tenhamos cuidado com nossas ações porque delas surgirão reações e precisamos ser cada dia mais conscientes de que a nossa vida não está na mão do outro e sim nas nossas mãos. O poder de decidir o que fazer e como fazer é da própria pessoa, ainda que não pareça porque em meio a tantas atribulações, às vezes nos consideramos vítimas de tudo, mas esta crença é irreal.
Por isto, parem e meditem sobre como está seu comportamento em relação aos seus filhos, também na área da educação sexual. Como é a sua relação com as bebidas alcoólicas? E com as drogas? Você simplesmente as proíbe ou também ensina as razões da sua crença.
Sabe-se que qualquer vício é muito difícil de ser abandonado e todos eles trazem consequências muito danosas para os viciados e seu entorno. Os prazeres devem nos servir, mas a consciência nos traz a condição de não nos tornarmos seus escravos.
A meu ver, a maior ferramenta que os Pais e Educadores possuem para impedir que seus tutelados caiam nos vícios é a educação, ensinar a eles o valor de sua vida, do seu corpo, de sua saúde mental, física e espiritual e isto pode ser feito de várias maneiras, entretanto o exemplo e o amor exigente devem caminhar junto com as informações.
Exerça a sua Parentalidade de forma consciente e responsável e ensine suas crianças e adolescentes o máximo que puder enquanto é temo!
Fraternalmente,
Fonte da foto de cima :http://mamaes.net/2012/07/04/o-que-as-adolescentes-fazem-para-esconder-a-barriga/
Marisa Mathey
Roseli Oliveira Diz:
novembro 21, 2024 at 11:06 am
Excelente … Parabéns pelo belíssimo texto !!
“Exercer Parentalidade de forma consciente e responsável”