O Pequeno Príncipe

https://www.youtube.com/watch?v=Zl0S927VD3Q

Outro momento muito utilizado em casa para juntar a família, é o momento do filme. Seja em casa, no cinema, o roteiro é estabelecido, até mesmo quando eu me esqueço, depois do filme a roda da conversa, formada pelas seguintes perguntas:

“Qual a parte do filme você mais gostou e por quê? Qual a parte do filme que não gostou? Alguém notou aquela falha? Aquela parte não fez sentido! Eu mudaria.”

Fui convidada a utilizar esse espaço também para indicar filmes, adorei! Optei em começar por um clássico, por razões simples: a história é boa, atemporal, tem valores, é constituída por elementos que sobrevivem ao passar do tempo e as modificações da sociedade, de alguma maneira ela se ajusta, se renova, se molda, enfim sobrevive.

Quando o Pequeno Príncipe, em mais uma adaptação para o cinema, foi lançado em 2015, fiquei muito curiosa, mas confesso que receosa, pois não é tarefa fácil adaptar  um clássico literário para o cinema. Mas fui surpreendida de maneira positiva, o que julguei mais interessante na história adaptada foi o foco. Gente, esse desenho não é para as crianças, mas sim para os pais.

Além de resgatar de forma poética os valores do viver, o filme chama a atenção dos pais de maneira muita direta para o rumo da educação de nossos filhos. Diante dos extremos em que vivemos, pois enquanto alguns pais super protegem seus filhos, matriculam as crianças em tantos cursos, já colocam os pequenos numa corrida desenfreada, como se já pertencessem a loucura do mercado de trabalho. Cada vez mais as famílias preocupadas com o bem estar material, esquecendo das relações e da importância de cuidar do bem estar mental. Outras crianças vivem a própria sorte, totalmente desprovidas dos cuidados mínimos que qualquer ser humano merece.

Vale muito a pena! Pelo conteúdo, pela oportunidade de rever esse personagem tão querido, o Pequeno Príncipe, pelo enredo e a fotografia maravilhosa do filme. Aproveitem!!! E que todos nós tenhamos olhos de ver, ouvidos de ouvir e coração de sentir aquilo que verdadeiramente é essencial.

Shirlei Pio