A responsabilidade da nova mamãe é muito grande. Decisões do estilo de vida que ela adota durante a gestação até os 2 anos de idade do filho, podem influenciar no futuro da criança. Os estudos indicam que esse tempo é considerado o período de ouro, que determina o destino da criança em diversos aspectos: sociais, intelectuais e, claro, biológicos (desenvolvimento).

Já se sabe que apenas 20% dos nossos genes têm relação com fatores hereditários. Cerca de 80% são influenciados por questões externas, como a nutrição, o uso de medicamentos, infecções adquiridas e a prática ou não de exercícios físicos.

Outras pesquisas apontam ainda que existe uma relação direta entre a alimentação materna e alterações em características do DNA do feto. Alimentar-se de açúcares e gorduras durante a gestação aumenta a chance da criança desenvolver alguma doença na fase adulta, como diabetes, hipertensão, intolerâncias alimentares e alergias.

Confira quais são as escolhas ideais para cada fase:

1° trimestre de gestação

Nesta fase, é fundamental receber reforços em forma de suplementação e na alimentação, de ácido fólico (vegetais verdes escuros, cereais, farinhas enriquecidas e grãos), para proteger o feto das malformações, e de ômega 3 (peixes, sementes moídas e óleo de linhaça, nozes e demais oleaginosas, óleo de canola e/ou óleo de soja prensados a frio), essencial para o desenvolvimento cerebral do bebê.

2° trimestre de gestação

Reforçar a ingestão de vitamina C (frutas como kiwi, laranja, acerola, morango, melão, melancia, mamão, abacaxi, goiaba e em algumas hortaliças como brócolis, pimentões e tomate) e vitamina B6 (trigo, milho, fígado, frango, peixe, leite e derivados e leveduras) para o crescimento e ganho de peso do feto e para a prevenção da depressão pós-parto. Além disso, é importante o consumo de alimentos ricos em magnésio (nozes, soja, cacau, frutos do mar, cereais integrais, feijões e ervilhas) que favorece a formação e o crescimento dos tecidos do corpo.

3° trimestre de gestação

Aumentar o consumo de alimentos ricos em cálcio (leites e derivados, soja, tofu, gema de ovo, vegetais verdes escuros, gergelim, linhaça e sardinha) e vitamina D (leite enriquecido, manteiga, ovos, fígado e banho de sol, que é essencial para que essa vitamina auxilie na fixação do cálcio nos ossos), já que o bebê começa a esgotar as reservas da mãe para a formação óssea dele (dentes e ossos). Além disso, auxiliam na contração muscular e batimentos cardíacos do bebê e na produção de leite após o parto.

Por Camila Alves