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Eu escolho gritar! Foi esta frase que ouvi de uma mãe.
Eu escolho gritar! Foi esta frase que ouvi de uma mãe.
Quando perguntei para ela: é uma escolha sua gritar com seu filho? Pensei, se é uma escolha, qual seria a outra opção? Talvez bater, colocar de castigo e sei lá mais o que! Bom, qualquer umas das opções não são boas, e nem trarão o resultado que é o aprendizado tão esperado como benefício para a criança. Então vamos lá. GRITAR… significa desespero! Não consegue o que deseja de imediato e grita. Mas alguém pode dizer: alivia a tensão… De quem?
Para a criança o que esta mãe conseguiu, foi causar MEDO, vergonha, humilhação, e o aprendizado que era o mais importante não aconteceu. O medo faz com que a criança paralise e pare de ter aquela ação indesejada na hora, de imediato, acabando com a tal situação. Ufa! Eu entendo que muitas vezes é difícil, a mamãe diz: já te falei, já pedi mais de mil vezes! Será então que o problema não está aí? A criança acostuma ouvir várias vezes e sabe que só precisará parar quando o GRITO acontecer. Então sugiro que seja qual for a situação indesejada, seja a primeira vez ou a décima que acontece, podemos agir de outra forma. Chame a criança, se coloque de forma que fique olho no olho e explique o porquê aquela ação não pode acontecer ou deve ser de outra maneira. Explicado uma vez, pergunte se a criança entendeu, faça com que ela expresse o que ouviu, se ela concorda ou tem outra solução. Dependendo a idade da criança, ela precisa se sentir pertencente nas decisões e ter responsabilidade no combinado. Escolher o resultado junto com a criança, mostrando as vantagens e os resultados, com cooperação, harmonia e paz para todos. Claro que podemos nos deparar com recusa, rebeldia e birras. Mas cabe a nós Pais, a ouvi-los, escutar suas reivindicações, se colocando no lugar da criança, com o olhar empático. Muitas vezes nós adultos também não aceitamos algumas regras e comandos, e insistimos para ver se conseguimos mudar, mas temos o crivo da consciência madura, e assim camuflamos nossa rebeldia.
Por Val Pasini
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