Eis que chega o puerpério e, de repente, nos vimos mergulhadas em uma nova vida, cheia de novas sensações, sentimentos intensos, dias longos e horas infinitas, às vezes acompanhadas de (muito) sono e dor física: características do pós-parto que podem ser mais ou menos intensas.

Algumas de nós também podem passar por dificuldades no início da amamentação, pois este é um processo de aprendizagem para mãe e bebê, acompanhado ou não de dúvidas e insegurança. E quanto mais apoio a mulher (e por que não os pais?) tem, mais tranqüila e bem sucedida será a amamentação.

Cada maternidade se constitui de um jeito, daí a importância da rede de apoio. Muitos não sabem do que se trata esse termo.

A rede de apoio à puérpera é formada por quem estará ao seu lado no puerpério, quem vai auxiliar a mãe, facilitando as coisas do dia a dia para que ela cuide de seu bebê com mais tranqüilidade. É quem auxilia nos cuidados com a criança e com as tarefas do ambiente doméstico para que a mãe tenha um pouco mais de tempo para si.

Talvez, nesse momento, devido aos cuidados pela pandemia do COVID-19, a rede de apoio presencial seja mais enxuta, mas nem por isso menos importante. Não há dúvidas de que faz-se necessário o cuidado para evitar o contágio.

Questione sobre o contato com casos suspeitos ou confirmados e veja se há sintomas gripais. E, se necessário, seja franca em expor seus medos e pedir o afastamento de alguém.

No entanto, vamos lembrar que apoiar uma mãe e um pai é, antes de tudo: ouvir, observar, entender e não julgar. Apoio é ajudá-la a ser que a mãe que ela quer para seu filho; é ser facilitador, de maneira cuidadosa e, sobretudo, respeitosa.

Se nesse momento não será possível ir lavando a louça ou regando as plantas, podemos ajudar ligando, ouvindo, perguntando se precisam de algo, entregando uma comida quentinha de surpresa com um bilhete carinhoso, contando nossa experiência sem decretar que ela seja o único caminho correto.

É simples e cheio de amor.

Por dra. Josie Pimentel