Qual a regra para estabelecer as regras lá em casa?
Olá mamães e papais!! Quanto tempo…. demorei, mas voltei! E com um assunto muito pedido: “Pelo amor de Deus, como eu faço meus filhos seguirem as regras????”
Primeira coisa, e a mais obviamente importante, para seguirmos “As Regras”, elas precisam existir!! E depois, precisamos entender!! Se você, ou o casal, ou a casa não é lá muito chegado numa regra… vai ser mais difícil. As crianças seguem as regras naturalmente, se elas acontecem naturalmente dentro de casa e na dinâmica da família. Ou seja, faz parte da rotina fazer determinadas coisas e de maneira organizada.
Quando nossos filhos – que são muuuuuuito observadores e curiosos – acompanham que no dia a dia, escovamos os dentes após as refeições, desligamos as luzes quando saímos do ambiente, recolhemos os objetos espalhados que não estamos usando mais, conversamos em tom baixo e sem palavrões, olhamos para o relógio e nos apressamos para sair ao trabalho….etc…. concordam que fica mais fácil para eles entenderem algumas regras que iremos COMPARTILHAR?? Não iremos impor a eles que façam nada diferente do que já é feito na casa. Só precisaremos explicar o porque todas essas ações são necessárias, suas consequências e importância. E além disso, será preciso que os ajudemos a organizar a rotina para que tudo flua muito bem. Então a segunda coisa é: regras na casa não são impostas, são compartilhadas.
Parece tão fácil!!! E é! Até encontrarmos algumas dificuldades pelo caminho…rs…
Os seres humanos são diferentes certo?! Não nascemos e seguimos todos a mesma cartilha… logo, papais e mamães serão diferentes, poderão pensar e agir diferente, terão conceitos e regras diferentes. Estes terão um caminho anterior a traçar, no diálogo produtivo, afim que chegarem a alguns acordos do como estabelecer e compartilhar com seus filhos o que acreditam ser importante.
E se os adultos podem ser diferentes… é porque as crianças já são muito diferentes!! E tem aquelas especialmente mais resistentes – para não dizer as “do contra” – …rs…E com elas há de se ter um tempo a mais, uma paciência a mais, um trabalhinho a mais, um carinho a mais. Porque estas precisam de mais explicações, mais modelos, mais tempo, mais chances de errar.
E vamos aqui também considerar as diversas constituições familiares que vemos hoje. Pais separados cada um com sua casa e suas regras, pais (ou mães) ausentes, vovós assumindo cuidados, babás cuidando da rotina, escola integral ditando suas próprias regras… enfim, nossas crianças estão submetidas a muito mais modelos de referência – positivos e negativos – do que nós tivemos em nossa época, em que só tínhamos que obedecer (e ai de quem não obedecesse!) o pai e a mãe. Essa era a única regra, obedecer, e ponto. Olha que simples. Mas levanta a mão quem não deixou de fazer um monte de coisa que poderia ter enriquecido a vida, e quem não levou muita surra desnecessária. Não vamos aqui julgar ninguém, até porque não podemos dizer quem está certo ou errado. O que sabemos sim, é que muita coisa mudou, as crianças são diferentes, os modelos são outros, as famílias mudaram e os ambientes são muito mais diversificados. E hoje, não dá para termos uma única regra. Obedecer sim, mas a que? A quantos? E porquê?
Nossas crianças são, além de observadoras e curiosas, muito mais questionadoras, desafiadoras, criativas, impositivas, e até mais autoconfiantes. Sim, elas não têm medo, geralmente, de falar o que pensam e nem de questionar o que a gente pensa. E isso é bom, é inteligente, deve ser emocionalmente valorizado. Não pode se tornar um problema.
Bem, então as regras são: saber lidar com as diferenças; valorizar ideias outras e novas; dialogar muito e, se necessário, antes compartilhar e não impor; e claro, ser naturalmente um modelo de referência positivo.
Agora mãos a obra! Estabelecer uma saudável rotina familiar com regras que fazem sentido para todos e todos seguem!
E por que não usar de uma estratégia tão falada, O Quadro de Incentivo a lá Supernanny….
Por Janaina Nakahara
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