E Nasceu Nicolau.

Há muito tempo atrás, em uma noite fria de dezembro com garoa fina e forte vento, o povo da pequena Patara ouviu uma badalada de sino, logo lá diziam “nasceu um menino”.

Sua mãe o chamou Nicolau, seu pai abriu um sorriso, ambos o acolheram com grande amor e carinho. Criado com muito afeto, o menino Nicolau sempre surpreendia, pois, dava para todos tudo que tinha.

Os anos passaram e que tristeza o rapazinho enfrentou, uma doença sua mãe e pai levou. Nicolau a sua fortuna não se apegou, com grande coração distribuiu sua herança ajudando a quem precisasse fosse esse adulto ou criança.

Muitas histórias foram contadas, tem a do pai, que passando por grandes dificuldades, venderia suas três filhas a quem comprasse. Nicolau ao saber do ocorrido pensou rápido em um plano para elas, “Jogarei bolsas de ouro pelas janelas”

 Contam os que viveram que, por três noites Nicolau arremessou quietinho, por duas vezes os sacos de ouro pela janela entraram, e em um terceiro dia as pepitas se espalharam. Grande surpresa para a família, um estranho barulho descia pela chaminé, a suas frentes caia ouro em meias, sapatos e pés.

Assim, Nicolau viveu, sempre ajudando a quem precisasse, oculto para que ninguém se envergonhasse. Por séculos crescera a tradição, e presentear passou de ajudar para um ato de amar.

Por Lourenço José Pereira