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MINHA PACIÊNCIA TEM LIMITE?

MINHA PACIÊNCIA TEM LIMITE?

 

Paciência: Característica de paciente, de quem não perde a calma.

Faculdade de não desistir facilmente de; perseverança, constância.

 

Quando falamos em educar nossos filhos, o que não pode faltar é a tal da “PACIÊNCIA”. Se a paciência acaba, termina também o afeto, a conversa, a confiança e tudo o mais que a criança precisa para entender o que está sendo pedido.

Educar é exercitar diariamente a paciência com amor e respeito, e são com os desafios cotidianos, é que nós pais, aprendemos. Escutar atentamente, ter um olhar generoso, acolher sempre, são as melhores estratégias para esse aprendizado, para uma boa educação.

A falta de paciência se transforma em medos e ameaças, e a mensagem que a criança recebe é: “Quando existe dificuldade de entendimento, o melhor é desistir” ou “A mamãe é muito nervosa, (ou o papai é muito bravo) sinto medo”.

Infelizmente o medo é poderoso, mas não gera nem a proximidade, nem a confiança, e muito menos o aprendizado. Tenhamos sempre em mente, sua influência será muito mais positiva e aceita se você gerar um clima de respeito e tranquilidade, sem temor, culpa ou vergonha.

Sabemos que nem tudo acontece como planejamos e esperamos, e devemos estar abertos para essas mudanças e aceita-las da melhor forma possível, ainda mais com relação a crianças, que são inconstantes e difíceis de serem convencidas com um simples “não”, elas são questionadoras e precisam de explicações detalhadas e por muitas vezes repetidas para compreenderem o que precisamos e desejamos.

Por conta destes inúmeros questionamentos que as crianças fazem, é que precisamos ter a tal da “paciência” muito presente, para que, a qualquer momento, possamos mudar nossas estratégias e criar novas possibilidades de ação para determinadas situações.

A melhor maneira de não perdermos a paciência é aceitarmos a resistência da criança com calma, até conseguirmos uma maneira para elas aceitarem tal situação ou pedido. O importante é que entendam que tal pedido é bom para elas também, e não só para nós.

Mesmo que a situação do momento não possa ser resolvida ou ceder ao que a criança quer, devemos sempre explicar os motivos de não poder ser da forma que ela gostaria, mas sempre com carinho e atenção.

A criança precisa entender o que está sendo pedido, e por conta disso, nunca responda apenas “não, porque não!”. A criança questiona por querer aprender, e às vezes achamos que ela já sabe, e não precisa explicar novamente, mas não é bem assim. Como disse, elas aprendem com a repetição, ou ainda, elas querem saber se você dirá a mesma coisa.

Por tudo isso, quando a criança estiver tendo um comportamento indesejado, desvie sua atenção, mude o foco, afaste-a do lugar se possível. E se tiver pessoas perto então, o nosso estresse aumenta, e intensificamos nossos gritos e ameaças, e isto não deve acontecer. Deveríamos sim, nos tranquilizar e fazer o que acreditamos, sem nos preocuparmos com os outros.

Lembrem-se, o estresse só piora a situação e não leva ao entendimento que precisamos. O nosso esforço e dedicação são necessários para obter o resultado positivo e tão esperado por nós.

A verdadeira educação não é fazer a criança obedecer na hora, mas sim, construir uma linha de raciocínio e entendimento. A criança vê, ouve, pensa, observa e experimenta, formando um caminho.

Se a criança não faz, ou não age da forma esperada, ou você não deixou claro o que deveria ser, ou ela não tem condições de entender, ou ainda outra possibilidade, ela pode estar tentando chamar sua atenção e essa foi a única forma que ela encontrou. Outra possibilidade é ela estar testando seus próprios limites, experimentando o mundo a sua volta.

Lembrem-se: educar é tomar as decisões mais adequadas em situações de conflitos, reconhecendo as fases de desenvolvimento das crianças, fazendo com que elas entendam determinadas situações com uma boa conversa e exemplos.

Precisamos entender que as crianças também se frustram e que muitas vezes não sabem lidar com as emoções e, é nesse momento que elas precisam de ajuda e acolhimento, muito mais que uma bronca e uma ameaça.

Não estou falando aqui, de fazer tudo que a criança quer, muito ao contrário, combinado é combinado, mas alguma coisa pode sair do esperado, então, a única saída é serenar e ter aquela boa conversa educacional acolhedora e amorosa.

A educação passa por todos estes caminhos, onde nosso papel é mostrar o que é mais adequado e positivo e, com calma, tudo fica mais fácil de resolver.

 

Vamos então praticar a paciência?

 

Val Pasini

Escola Para Pais

 

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