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MEDIR PRESSÃO ARTERIAL É COISA DE CRIANÇA!!
MEDIR PRESSÃO ARTERIAL É COISA DE CRIANÇA!!
Pressão alta não é problema exclusivo dos adultos, mas ainda é uma condição subdiagnosticada em crianças. A ideia de que crianças não são acometidas por hipertensão arterial (” pressão alta”), leva muitos familiares a não se preocuparem com a aferição da pressão arterial nas consultas pediátricas. Por outro lado, ainda há pediatras que não aferem a pressão arterial (PA) nas consultas de rotina.
Os problemas de diagnóstico também podem ocorrer por uso de aparelhos inadequados ou por erro na interpretação dos resultados. O aparelho usado para medir pressão nas crianças (esfigmomanômetro) deve ter um tamanho específico, baseado no tamanho da criança. Caso contrário, o resultado terá distorções. O valor de pressão considerado normal varia com a idade, gênero e altura da criança. Se, ao longo do tempo, a PA manter-se em valores alterados, está firmado o diagnóstico de hipertensão arterial e a criança deve ser encaminhada para investigação da causa.
Recomenda-se avaliação de pressão arterial de toda criança com idade superior a 3 anos em todas as consultas médicas. A mesma recomendação deve ser seguida para crianças abaixo de 3 anos de idade quando portadoras de fatores de risco para hipertensão arterial, como cardiopatias, problemas renais, dentre outros..
A pressão arterial deve ser medida de preferência no braço direito, com a criança sentada após repouso de três a cinco minutos, no caso de crianças acima de 2 anos, ou em decúbito dorsal horizontal para lactentes nos dois primeiros anos de vida. O braço deve estar apoiado e posicionar – se no nível do coração.
Sabemos que hoje em dia as crianças estão expostas, cada vez de forma mais precoce, ao sedentarismo e a hábitos alimentares ruins, com alto teor de sódio e gorduras. A consequência destes novos hábitos culturais é obesidade e sedentarismo, dois fatores de risco antes raros para hipertensão na infância. A pandemia impediu que elas momentaneamente corressem, subissem em árvores e pulassem cordas.
É um momento importante para refletirmos sobre a construção de hábitos de vida saudáveis. A consulta pediátrica pode ajudar nisso!
Por dra. Josie Pimentel
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