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As mudanças recentes na rotina por conta da pandemia podem gerar muitos sentimentos nas crianças, como ansiedade, angústia, tédio e tristeza. E a comida pode estar sendo usada para preencher esses vazios.

As mudanças recentes na rotina por conta da pandemia podem gerar muitos sentimentos nas crianças, como ansiedade, angústia, tédio e tristeza. E a comida pode estar sendo usada para preencher esses vazios. Por isso, ter uma rotina mesmo que adaptada as novas necessidades pode ajudar a criança se organizar, trazendo previsibilidade e ficando mais fácil de fazer combinados.

Dicas para evitar que seus filhos exagerem nas guloseimas e se alimentem melhor, mesmo naquele momento de consumir uma “besteirinha”:

  1. Sirva pequenas porções – mostre às crianças que uma pequena quantidade de guloseima pode durar muito. Use pratos ou potes menores para estes alimentos e sirva a porção exata que deverá ser consumida.
  2.  Não ofereça doces como recompensa – ao oferecer doces como um prêmio, as crianças aprendem a pensar que esses alimentos são melhores que outros, a ponto de se transformarem em uma premiação.3. Faça com que os alimentos sejam divertidos – os alimentos açucarados que são comercializados para crianças muitas vezes são apresentados como “divertidos”. Faça com que os alimentos nutritivos também sejam divertidos, preparando-os junto com as crianças. Use a criatividade!!4. Incentive as crianças a inventar novas guloseimas – ofereça cereais em grãos, frutas desidratadas e secas e sementes sem sal. Deixe que façam misturas e criem deliciosos petiscos. Adicione a mistura em iogurte desnatado, sucos de frutas ou frutas in natura.

    5. Beba com inteligência – os sucos em caixinha e outras bebidas açucaradas, como refrigerantes, contêm muito açúcar e são ricos em calorias. Crie o hábito de oferecer água às crianças quando estiverem com sede.

Sempre que perceber que seu filho está usando a comida de forma “equivocada”, para preencher aqueles sentimentos de vazio e tédio, sugira trocar a “guloseima” por uma atividade que traga conforto e/ou prazer, por exemplo, assistir um desenho juntos, ler um livro, ligar para a vovó, brincar junto, fazer um desenho, contar uma história, um abraço…acredito que cada família poderá criar opções bem criativas dentro da sua rotina.

Outra informação importante é: seu filho come muito o quê? Fruta ou bolacha? São coisas muito diferentes! Se o seu filho come mais do que você esperava, mas come alimentos saudáveis, sem excesso de sal, gorduras e produtos ultraprocessados, come com atenção sem distrações, está tudo bem! Eles estão em fase de desenvolvimento e o corpo precisa de nutrientes, assim, o mais importante é a qualidade do que será oferecido e não tanto a quantidade.

Converse bastante com seu filho também, já formando nele a percepção do próprio corpo, questionando sobre fome e saciedade, como por exemplo: “Sua barriga já está cheia?”

E por fim, a última dica é: não tenha excesso de doces e guloseimas em casa! Isso já fará com que o consumo dele seja mais esporádico. Defina quantidades e regras para o consumo, porém as regras que serão colocadas aos pequenos, devem servir para todos da família também.

Ensinar, explicar, acolher, pedir ajuda, inventar…afinal, o doce mais gostoso da vida é o amor!

O QUE SÃO OS ALIMENTOS ULTRAPROCESSADOS

Eles estão em toda parte, por isso é preciso aprender a reconhecer os alimentos ultraprocessados para que você faça melhores escolhas para você e seu filho.

 

Os alimentos ultraprocessados são alimentos que passaram por técnicas e processamentos com alta quantidade de sal, açúcar, gorduras, realçadores de sabor e texturizantes. Têm alto teor calórico, baixo valor nutricional, pobres em fibras alimentares, proteínas e diversos micronutrientes e costumam ter alto teor de gorduras saturadas/ trans e elevada carga glicêmica. A maioria desses produtos contém uma pequena parte, ou nada, de alimentos inteiros.

 

E o grande problema é que são hiperpalatáveis, ou seja, acentuam muito sua palatabilidade ou aceitação da maioria da população, danificam os processos que sinalizam o apetite e a saciedade e provocam o consumo excessivo e “desapercebido” de calorias, sal, açúcar, etc. São criadores de hábito e, às vezes,quase causam dependência

 

Os produtos ultraprocessados vêm sendo apontado como a principal causa no aumento de peso e de doenças crônicas, sendo associado à dislipidemia em crianças e, portanto, a um maior risco de doenças cardiovasculares, síndrome metabólica em adolescentes e obesidade em adultos no Brasil.

 

Procure refletir sobre aquisição de alimentos ultraprocessados e ao ir ao mercado faça as seguintes perguntas para eleger os alimentos que farão parte da alimentação da família:

  1. Este alimento trará algum benefício a minha saúde e à saúde de meu filho?
  2. Este produto é mesmo um alimento ou trata-se de um ultraprocessado?
  3. Este produto pode prejudicar minha saúde ou a saúde do meu filho?

Por Camila Alves

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