Acampamentos, sim é possível participar!
Tive meus surtos sim no diagnóstico, lutos e tudo mais. Escondi diagnóstico do mundo, tudo como muitos pais passam.
Mas um dia resolvi que faria com minha filha tudo o que faria se tivesse tido uma filha típica.
Viajaria para todos os lugares, independente dos riscos de birras, surtos e crises. Tentaria que ela participasse do máximo possível de coisas. Logico, tudo dentro do que se encaixa para a idade da criança e dentro de algumas adaptações e planejamentos.
Lógico que tivemos alguns problemas, crise no avião aos 5 anos porque ela queria que a aeromoça abrisse a porta para ela sair e ir para casa no seu cantinho para fazer cocô. Pedir em hotéis para que eu pudesse levar comida ao quarto porque ela não comia ou não aceitava ficar no restaurante. Pedir nos parques ela repetir o brinquedo várias vezes, entre outras coisas.
Não nos preocupávamos com o que o outro ia estranhar, eu ou meu marido sempre pedia mesmo! Cara de pau mesmo!
Bom e assim foi os acampamentos da escola…
O primeiro, aos 5 anos, era para dormir na escola, mas não tive coragem de deixar ela dormir, ela foi, ficou nas atividades, passou a noite, mas na hora de dormir fui buscar, lembro que a festa dela era no dia seguinte na hora do almoço e não quis arriscar uma noite mal dormida.
O segundo com 6 anos deixei ela dormir, eu que não dormi em casa. O terceiro, duas noites em um acampamento em Leme, eu e meu marido ficamos em um hotel próximo. O quarto e quinto também em Leme, já fiquei em SP mesmo. O Sexto….esse foi fantástico, foi no Carroção e esse ela aproveitou todas as atividades junto com as amigas, os anteriores nem todas atividades queria participar. A acompanhante dela só visualizava de longe e ajudava quando precisava. O sétimo esse ano foi apenas na escola, mas dava para ver a alegria dela quando deixei ela na escola, nem olhou para trás.
Tudo foram flores…NÃO… ela tem muita dificuldade de dormir sem mim. Não falo que o motivo é o lugar diferente, porque assim ela teria dificuldade de dormir quando viajamos e isso não acontece. Ela fica até altas horas acordada, segura o sono até não aguentar mais! Mas não chora. Gosta de muitos desses eventos e cada ano que passou curtiu mais.
Não privem seus filhos das atividades por medo, arrisquem, mandem um acompanhante que conhece bem ele, mas deixem eles vivenciar esses momentos mágicos da infância. A infância passa muito rápido, e a realidade do adulto acho que é até mais difícil. Lógico sempre respeitem a vontade deles!
Sete acampamentos…espero que a Mari ainda vivencie ainda muito mais! Arrisque experimentar vocês também!
Por Elaine Alves Rosa
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