A ESPERA DE UM MILAGRE….

É nome de um filme, mas é a realidade de muitas mães que acabaram de receber o diagnóstico.

Engravidamos, sonhamos, desejamos. Imaginamos um filho perfeito, lindo, que irá crescer, fazer faculdade, ter sua independência, casar, netos e muito mais.

Tudo aquilo que não tivemos, ou por uma condição financeira mais enxuta, ou por questões diversas, queremos que nossos filhos tenham.

Mas aí, no meio do percurso, um diagnóstico e entramos em pânico. Misto de desespero, frustração, tristeza, abandono, questionamentos, tudo que podem imaginar. Isso faz parte, é normal, está dentro do processo, mas esse processo não pode se eternizar!

A ficha aos poucos cai, ou pelo menos tem que cair, podemos em um primeiro momento questionar PORQUE EU, mas temos que amadurecer e mudar o questionamento para: o que eu tenho que aprender com isso! Aonde que eu tenho que me modificar! O que Deus quer me mostrar! Aonde posso ser melhor!

Esperamos e buscamos diariamente um milagre, terapias que façam falar de um dia para o outro, atividades que controlem o comportamento instantaneamente, medicação mágica que acalme nossos filhos, que os façam aprender, médicos e terapeutas que prometam a cura. Mas o verdadeiro milagre está em nós, na nossa modificação, na nossa maneira de enxergar a situação. Na maneira que enxergamos essa criança.

Nos modificarmos, e termos a humildade de aceitar a situação, nossa reforma íntima é o primeiro passo. O milagre tem que iniciar por nós mesmos. Como visualizamos o problema é que vai mostrar a gravidade dele. E isso reflete automaticamente no desenvolvimento da criança. E isso vale não só para nós pais, vale também para cada pessoa que tiver uma criança especial em seu caminho pessoal ou profissional.

A criança sente, e eles sentem mais. Eles precisam se sentir aceitos, com seus gritinhos ali, com suas estereotipias lá, com suas manias para todos os lados!!

Isso não significa estacionar, ele (a) é assim vou aceitar e não tenho o que fazer…

Isso significa que temos que inspirar, motivar, valorizar, brincar, interagir e amar essa criança. Aceitar e ser feliz hoje, mas com atitude para mudar o amanhã.

Eu acredito, acredite na sua criança você também!!!!

Por Elaine Alves Rosa