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Down – Como fazer para que o seu filho se sinta incluído no ambiente escolar?
Como fazer para que o seu filho se sinta incluído no ambiente escolar?
Escrever para este blog é de fato algo desafiador. Isto porque escrevo para um público que é tão ou mais experiente do que eu, no que diz respeito a lidar com uma criança especial. Assim, desejando que minhas reflexões sejam úteis para alguém, decidi escrever a respeito de como o meu filho André passou a se sentir incluído na escola em que ele estuda.
Em agosto o André completará 6 anos, com a graça de Deus! No ano que vem, ele irá para a primeira série. Há cerca de dois anos a escola iniciou uma pré-alfabetização, e este processo vem sendo intensificado de forma voraz!
Imagino que como eu, muitos pais tenham sentido a angústia de ver o seu filho não se alfabetizar no ritmo dos colegas. Ah que tristeza! Então, este é o momento para procurar indicação de uma escola melhor preparada, uma psicopedagoga, um terapeuta ocupacional, especialistas, novas metodologias de ensino, mais estímulos, adaptar o material pedagógico, consultar um médico recomendado, etc. Certo?
Errado.
Em meio a minha preocupação para fazer com que o André se sentisse incluído, eis que a professora dele comentou com a fonoaudióloga que o André se sentia triste, pois era a única criança da turma que não trazia lanche de casa e comia o da escola. Quando a fono me contou isto, fiquei tão aborrecida pensando há quanto tempo ele estava se sentindo diferente, não por ainda não ter conseguido ler ou escrever, mas porque era o único que comia o lanche da própria escola.
Evidentemente esta situação poderia ter sido evitada se tivesse havido uma comunicação mais efetiva com a professora, ou se eu simplesmente tivesse mandado o lanche como os demais pais. Contudo, este texto não é para dizer usem lancheiras, ou algo do tipo. Escrevo para tentar alertar quanto ao fato de estarmos tão preocupados em buscar profissionais qualificados para auxiliar o processo de desenvolvimento das nossas crianças, que por vezes acabamos não percebendo que bastaria prestar mais atenção ao cotidiano deles.
Infelizmente não tenho a fórmula para a inclusão, mas talvez neste momento, para que o seu filho se sinta parte integrante do grupo, esteja faltando apenas um simples “pão com geléia”!
Por Cristiane Borba Prates Leme de Souza
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