Hoje vou propor a você uma autoanálise da sua linguagem verbal e não verbal.
Você deve estar se perguntando: mas o que isso tem a ver com educação financeira para crianças? Eu te respondo já: TUDO!
Ao ler este texto quero que você traga para sua mente alguma memória relacionada a forma com que você falou ou se comportou com seu filho ou perto dele, comentando que já era chegada a hora de ir trabalhar, ou ainda, de que forma você chegou em casa depois de um dia de trabalho.
Vamos dar alguns exemplos:
No café da manhã você comenta que já precisa ir para o trabalho, aquele trabalho que é muito cansativo, que você se “mata” o dia todo, para “ganhar” aquele salário tão pequeno, que seu chefe é isso ou aquilo… Alinhado as palavras, você tem uma postura corporal (face angustiada, testa franzida, cara amarrada) e exala um teor vibracional que a criança capta em todos os seus sentidos. É nesse instante que, na cabeça do seu filho, começam a se formar as crenças (verdades) sobre o dinheiro.
A criança vê, sente e ouve, o ser que ela mais ama e confia, maldizendo o dinheiro, brigando por ele com outras pessoas, com aquela feição dura, nervoso ou reclamando do trabalho e do dinheiro que “ganha”. Muitas pessoas habituados a ter essa postura e diálogo, repetem-na dia após dia.
Nosso cérebro aprende por repetição e a criança presenciando tudo isso em seu cotidiano, entende aquilo como uma verdade absoluta e forma a crença de que “ganhar” dinheiro é penoso, é difícil, que dinheiro é um problema, pois deixa quem ela mais ama fora o dia todo e quando está perto dela, reclamando o tempo todo de dinheiro.
Outra situação: você chega do trabalho, reclamando do chefe, do colega, do dinheiro… e a criança te pede algo (e eles pedem tudo a todo instante) e você já solta um sonoro: NÃO TENHO DINHEIRO!
De novo: quem ela mais ama, fica fora o dia todo para “ganhar” dinheiro e quando volta, diz que não o tem! Que nó na cabecinha!!
Você não analisou, não fez conta, simplesmente disse que não tem dinheiro.
A nossa realidade financeira é, primeiramente, formada dentro da nossa mente. Depois, aquilo que acreditamos ser verdade, é exteriorizado para o mundo, atraindo até as situações que vivenciamos. Por isso, vemos tantas gerações de famílias desestruturadas – porque passou de pai para filho a crença de que dinheiro é ruim, traz desgraça, brigas, que é difícil conseguir. Há gerações inteiras que vivem no endividamento e a uma das raízes deste mal está aí: a formação das crenças!
São pequenos gestos e palavras nossas, que formam as crenças financeiras em nossos filhos.
Então, preste atenção:
Dica da Cris:
Pretende formar filhos financeiramente saudáveis?
Então antes de introduzir planilhas e cálculos matemáticos, preste atenção nos adjetivos que você dá para o dinheiro e até o que você comenta sobre seu trabalho.
Em relação a lista intermináveis de pedidos de compra do seu filho diga: nesse momento eu não quero te comprar isso.
Dessa forma, você não gera na criança o sentimento de escassez: não tem, não tem e não tem…e sim, fala a verdade! Que naquele instante, não é possível comprar tal coisa não por falta de dinheiro, mas porque você precisa descobrir se aquele desejo é real e então se planejar para tal compra.
Um grande abraço e até a próxima matéria!
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