A sexualidade é um tema mais amplo e complexo do que imaginamos. Ela é uma característica básica que surge em nós desde a primeira infância, e apesar de ser algo real, os tabus e mitos sobre ela a tornam cada vez mais distantes das nossas conversas. A partir de então, a sexualidade torna-se um assunto velado e proibido, principalmente nas escolas e nos lares, e enquanto isso, as novas gerações sofrem por falta de informação.
A ausência de informação referente a sexualidade faz com que alguns índices atinjam um nível cada vez mais alto. Aumentam o número de pessoas com doenças sexualmente transmissíveis e também a quantidade de adolescentes grávidas sem nenhum tipo de planejamento. Isso sem falar no prejuízo sofrido em questões mais subjetivas, como por exemplo as “relações de gênero”, o que caracteriza a violência sexual, dentre outras.
É diante de tamanha negligencia que precisamos constantemente relembrar a importância do um conceito denominada Educação Sexual. A sociedade como um todo deveria se envolver diretamente na transmissão de informações e conhecimentos referentes a sexualidade, mas isso não acontecerá enquanto os principais núcleos de ensino não se mobilizarem para implantar de forma clara e consistente a Educação Sexual dentro de seus contextos. As escolas e os lares tem portanto, as maiores responsabilidades diante dessa realidade.
Mas qual será os papel dos educadores e dos pais diante de um assunto com tantos tabus? Qual será a melhor forma deles agirem? Hoje eu irei me deter em apenas 4 importantes tarefas que devem ser desempenhadas pelos professores e pela escola em relação à Educação Sexual. São elas:
De forma contínua ou específica, a escola tem por obrigação falar sobre temas básicos relacionados à sexualidade. A escola é um importante agente de mudanças na sociedade e é o único lugar em que muitas crianças, adolescentes e jovens irão ouvir sobre esse assunto. O mesmo deve ser apresentado de forma simples, clara e respeitando a cada idade, maturidade e realidade.
Não basta apresentar a informação, tem que também gerar reflexão. A Educação Sexual de qualidade promove constantes reflexões sobre temas coletivos e individuais referentes à sexualidade. É a partir dessas reflexões que o indivíduo se torna apto para escolher quais decisões irá tomar.
- Oferecer ajuda sempre que necessário;
É provável que ainda assim alguns dos alunos façam escolhas equivocadas, e em casos mais graves, como abusos sexuais e gravidez na adolescência, é necessário que eles encontrem confiança na figura do educador. A escola precisa estar sempre a postos para ajudar os alunos que estão passando por algum tipo de dificuldade relacionado ao contexto da sexualidade.
- Reforçar a noção de limites;
Estabelecer regras, limites e possibilidades para o exercício da sexualidade é função das famílias, mas também pode ser função das escolas, principalmente se tratando do ambiente escolar. Transmitir e estipular noções de limites para os alunos os ajudará em diversas áreas das suas vidas. O limite é essencial para o desenvolvimento humano.
Em nosso próximo artigo, falaremos sobre o papel dos pais diante da Educação Sexual. Lembrando que ambos, pais e escola, precisam andar lado a lado na medida do possível.
Isabelle Palma (Psicóloga – crp 05/50318)
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Agradecimento especial a nossa convidada Isabelle Palma pelo belo artigo.
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